Povo do Submundo (2003)
Uma histório estranha publicada no 2chan
MACACO DO TERROR (HORROR MONKEY)
Café Vídeo Produções
8/28/20253 min ler
O relato a seguir foi postado no 2chan, fórum anônimo japonês, em 2003:
Anônimo postou em 26 de janeiro de 2003
Isso aconteceu quando eu trabalhava meio período em uma certa rede de izakayas (bar japonês). Havia um cliente de 40 anos, o qual chamarei de Sr. M. Ele não era um cliente regular, mas começou a frequentar o bar na época em que comecei a trabalhar lá, e ele vinha quase todas as noites por cerca de um mês. Aparentemente, ele estava hospedado em um hotel de negócios perto do izakaya, e geralmente chegava um pouco antes do horário de fechamento, pendindo seus lanches padrão.
Nós nos conhecemos e, antes que percebêssemos, nos tornamos amigos. Como era um izakaya pequeno, num estilo mais antigo, ele frequentemente vinha até mim e conversava enquanto eu lavava a louça no balcão. Enquanto eu servia os miúdos cozidos, como de costume, o sr. M começou a me contar uma história assustadora de quando era jovem. Ele teria cometido um erro e sido levado por um grupo perigoso a um canteiro de obras.
Havia cerca de dez outras pessoas em circunstâncias semelhantes lá. O local era nas montanhas, longe da civilização. As refeições eram preparadas pela cozinheira (na casa dos 50 anos) e, naturalmente, os ingredientes eram entregues de uma vila próxima. Certa noite, fortes chuvas bloquearam a única estrada que levava ao canteiro de obras. Três dias se passaram sem nenhum sinal de reparo, de forma que os suprimentos de comida acabaram e todos entraram em pânico.
Naquele momento, todos se voltaram para um cachorro vira-lata que a cozinheira estava alimentando com sobras. O sr. M não entrou em detalhes, mas pelo que disse cheguei a conclusão de que eles mataram a fome com o cachorro: "E depois? Todos os cachorros latem quando me veem. Olham para mim com raiva. Parece que sabem que eu sou animal" Eu tinha uma vaga ideia de que o M-san estava envolvido em algum negócio obscuro. Ele era apenas um cliente do bar, e eu não tinha intenção de me aproximar demais. Mas o senhor pareceu gostar de mim e começou a me convidar para beber depois do trabalho. No começo, recusei, mas uma noite, depois de ficar um pouco bêbado com a cerveja que ele me ofereceu, aceitei o convite.
"Conheço um lugar onde tenho contatos."
O M-san alegou ser um promotor que trazia talentos do Sudeste Asiático. O bar para onde ele me levou era um pub filipino. Era um lugar bem ousado, mas como um aluno ruim, eu me divertia muito. O M-san cantava karaokê com outras garotas, enquanto eu tentava conquistar todas as que conseguia encontrar com meu inglês quebrado.
Havia uma garota muito fofa lá, e eu estava prestes a começar uma conversa com ela quando o Sr. M de repente largou o microfone e voltou para a mesa.
"Não fale com ela. Ela é a minha favorita."
Os olhos do Sr. M não estavam sorrindo. Havia uma ameaça assustadora neles. Os outros perceberam o clima, e a atmosfera ficou tensa. Eu também me senti intimidado e completamente sóbrio. O Sr. M voltou a cantar karaokê como se nada tivesse acontecido. Enquanto eu o observava em silêncio, a garota de quem eu gostava antes sussurrou no meu ouvido em um japonês quebrado:
"Ele odeia todas as garotas deste bar"
"Por quê?", perguntei, e ela respondeu:
"Não sei. Mas às vezes ele vê coisas."
"O quê?"
"Garotas mortas. Ele as vê muito".
Parece que os cachorros não são os únicos que percebem...